quinta-feira, 3 de outubro de 2013

documentos sobre cinismo


1-Os filósofos cínicos foram chamados assim ou por viverem plenamente tal como se achavam, comendo e bebendo em praça pública, como os cães, dormindo em tonéis, sem nenhuma precaução, porque consideravam que a beleza estava na vida natural e não nas convenções sociais, ou porque tal como os cães, que ladram aos estranhos e se felicitam na presença dos conhecidos, os cínicos desprezavam os indignos do conhecimento filosófico e acolhiam os que eram dignos da filosofia. Em decorrência desse modo franco foram chamados cínicos. (Olimpiodoro, Comentário às Categorias de Aristóteles, p.3, 8-30).

 

2-Antístenes, o primeiro cínico, dizia que a virtude é ensinada e que os autênticos nobres são os virtuosos. Segundo ele, a virtude reside nas ações, não nas palavras os conhecimentos específicos, além disso, dizia que o anonimato é um bem, não a fama. Defendia que devíamos prestar atenção aos nossos inimigos, porque são os primeiros a perceber nossas falhas. (Diógenes Laércio, VI, 10-13).

 

3-Alexandre, admirado com Diógenes, pelo seu desapego às coisas materiais e pela nobreza de seu caráter, disse: “Se eu não fosse Alexandre, seria Diógenes” (Plutarco, Sobre o exílio, 15-605d-e).

 

4-Quando terminou a batalha, Alexandre, ao realizar um passeio, encontrou Diógenes (de Sinope), que estava sentado em um lugar ensolarado. Ao encobrir-lhe o sol, Alexandre perguntou a Diógenes que favor poderia conceder-lhe, ao que Diógenes respondeu que não concedesse outro favor que o sol que lhe havia obscurecido, afastando-se dele, para que pudesse se aquecer novamente. (Anônimo Bizantino, 12,7)

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