1-Os filósofos cínicos foram chamados assim ou por
viverem plenamente tal como se achavam, comendo e bebendo em praça pública,
como os cães, dormindo em tonéis, sem nenhuma precaução, porque consideravam
que a beleza estava na vida natural e não nas convenções sociais, ou porque tal
como os cães, que ladram aos estranhos e se felicitam na presença dos
conhecidos, os cínicos desprezavam os indignos do conhecimento filosófico e
acolhiam os que eram dignos da filosofia. Em decorrência desse modo franco
foram chamados cínicos. (Olimpiodoro, Comentário
às Categorias de Aristóteles, p.3, 8-30).
2-Antístenes, o primeiro cínico, dizia que a virtude é
ensinada e que os autênticos nobres são os virtuosos. Segundo ele, a virtude
reside nas ações, não nas palavras os conhecimentos específicos, além disso,
dizia que o anonimato é um bem, não a fama. Defendia que devíamos prestar
atenção aos nossos inimigos, porque são os primeiros a perceber nossas falhas. (Diógenes
Laércio, VI, 10-13).
3-Alexandre, admirado com Diógenes, pelo seu desapego
às coisas materiais e pela nobreza de seu caráter, disse: “Se eu não fosse
Alexandre, seria Diógenes” (Plutarco, Sobre
o exílio, 15-605d-e).
4-Quando terminou a batalha,
Alexandre, ao realizar um passeio, encontrou Diógenes (de Sinope), que estava
sentado em um lugar ensolarado. Ao encobrir-lhe o sol, Alexandre perguntou a
Diógenes que favor poderia conceder-lhe, ao que Diógenes respondeu que não
concedesse outro favor que o sol que lhe havia obscurecido, afastando-se dele,
para que pudesse se aquecer novamente. (Anônimo Bizantino, 12,7)
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