quinta-feira, 20 de junho de 2013

Saúde e Saneamento Básico em Cotia

Segundo os dados IBGE do senso de 2010, o sistema público de saúde do município de Cotia na grande São Paulo apresenta menor estrutura e influência que o sistema privado.

Embora existam mais postos de saúde do SUS na cidade, os particulares possuem maior capacidade de atendimento. Enquanto o primeiro dispõe de apenas 109 leitos o segundo conta com 594.

Essa diferença tão discrepante só demonstra a insuficiência do sistema público de saúde. A partir dessa defasagem surgiram algumas entidades como a ASSA, com a finalidade de prestar assistência a parcela da população marginalizada do sistema público de saúde.

Essas organizações muitas vezes recebem apoio financeiro da prefeitura, de forma que se crie uma “espécie” de terceirização em que instituições acabam assumindo o papel que é de responsabilidade do município.

Mesmo com a atuação dessas organizações, a assistência médica oferecida não é capaz de suprir as necessidades da população. É fácil encontrar pessoas em Cotia com queixas a esse respeito:

Da mesma maneira que na saúde, existem grandes deficiências no sistema de saneamento básico de Cotia, como falta de coletores de lixo e tratamento de esgoto em alguns bairros. Mas pelo menos em relação a esse sistema, há notícias a respeito de supostas melhorias que vem sendo feitas desde 2002. Segundo o site “webdiario”, a Sabesp anunciou três projetos que juntos resultaram em 161 milhões em recursos para saneamento básico.

Ainda assim, por mais que se divulgue que há grandes investimentos nessa área, pouca mudança é visível. É difícil acreditar que tanto dinheiro seja gasto com obras que não acarretam em grandes melhorias no dia-a-dia da população. Um exemplo é que, há poucos anos, iniciou-se uma obra em torno do córrego que corta o centro comercial de Caucaia do Alto- distrito de Cotia- tendo fim a mais ou menos um ano. A construção deixou a margem mais segura e bonita (ainda que o cheiro desagradável continue presente), só que no final do ano passado uma grande chuva assolou a região e novamente o córrego transbordou. Na verdade não foi só ele, mas muitos outros, como é o caso narrado pela estudante Gabriela que teve a casa alagada. 

Entrevista com a estudante Gabriela de 17 anos:

Isso só mostra a fragilidade do setor que além de não atingir toda a demanda da população, apresenta uma série de defeitos nas estruturas já existentes. Quando questionado a respeito da obra e de seus gastos, o motorista de van escolar Edson afirma que ela não parece ter custado tanto e que ela é muito superficial visando mais ‘paisagismo’.

Entrevista com Edson:

Além dessa questão nos deparamos com propostas aparentemente inviáveis da prefeitura como a da construção de um aterro em áreas de mananciais. Segundo o site “ciclovivo”, o local escolhido está a cinco quilômetros de um dos reservatórios do Sistema Alto Cotia da Sabesp, próximo a bolsões residenciais e a córregos que deságuam no Rio Cotia. O projeto foi fortemente criticado com direito a abaixo assinado com doze mil assinaturas. A proposta já foi aceita, revogada e reaprovada pelo prefeito Carlos Camargo que afirma que ainda não foi tomada uma decisão a respeito. Há também quem defenda a obra como a arquiteta Luciane Regis, da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, dizendo que é a melhor área para construção do aterro simplesmente por ser um terreno desabitado.

Conversamos com pessoas a respeito e percebemos uma opinião desfavorável, como segue no vídeo a seguir.

Percebemos assim uma discrepância entre o que é oferecido, e o que é necessário para o morador de Cotia nesses dois quesitos de bem estar publico. Enquanto um é suprido por UBSs não governamentais, o outro apresenta um orçamento razoável que não condiz com o que é vivenciado no cotidiano da população.

Manancial

“Entende-se como áreas de manancial como redutos hidrográficos onde a finalidade de utilização é para abastecimento humano (consumo de H2O pela soge dele). 

O simples desmatamento já é algo absurdamente importante, um aterro sanitário então, uma catástrofe!

Aterros sanitários liberam chorume, um composto líquido expelido na decomposição de lixo. Não é só orgânico como também químico-sintético além de conter micro-organismos nocivos à sociedade.

Repudiar qualquer ação contra áreas de manancial.” – Rógers

“Não se deve construir aterros em regiões de mananciais, simplesmente isso, porque é muito sério. Sem contar que em mananciais você prejudica a água doce, que é bom para a população, então não se podem construir aterros em áreas mananciais” – Jaime

Saúde de Cotia 

“Vendo como é a saúde em geral, não deve estar muito bom. A informação que eu tenho, Barueri tem o sistema de saúde bom, e esta ficando ruim porque justamente o pessoal que Carapicuiba, Cotia, Santana da Paraíba, Jandira, todos acabam indo para lá, e se todos estão indo para lá significa que o sistema de saúde desses lugares deve estar péssimo” - Jaime


Gabriel (10); Gustavo (13); Frederico (9); Rodolfo (22); Juliana G. (14); Melanie (19); Vanessa (24); Renan (21)

Nenhum comentário:

Postar um comentário